Você está visualizando atualmente Os 6 direitos da Criança: Qual a sua importância?

Os 6 direitos da Criança: Qual a sua importância?

Os 6 direitos da aprendizagem, também conhecidos como os 6 direitos das crianças, fazem parte da proposta e normas estabelecidas pela BNCC (saiba mais sobre a BNCC clicando aqui).

Se você é professor(a), ou é um profissional da área da Educação Infantil, já deve estar familiarizado com esse termo, ou pelo menos, já ouviu falar. Mas entenda um pouco mais sobre esse assunto e de como funciona dentro do contexto da BNCC.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é responsável por um grande passo – onde reconhece a Educação Infantil – como uma etapa essencial do desenvolvimento do aluno, assim como implementou as 10 competências, você pode ler mais sobre isso aqui, estabelecendo também, os 6 direitos de aprendizagem para crianças de 0 a 5 anos. 

 

QUAL A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR OS 6 DIREITOS?

Na primeira fase da infância, de acordo com os eixos estruturantes (interações e brincadeiras), devem ser assegurados os direitos de aprendizagem para que as crianças tenham condições para se desenvolver. Levando em conta que nessa fase, a educação, o cuidado e a brincadeira, andam lado a lado, um completando o outro. 

Na Educação Infantil, os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, asseguram as condições para que as crianças aprendam e lidem com situações nas quais possam desempenhar um papel ativo – como em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a se sentirem motivadas a resolvê-los – nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural.

Para colocar em prática, o educador precisa ter em mente que deve encaixar os 6 direitos, em atividades, tarefas e até mesmo em momentos de recreação. Pois na Educação Infantil, a interação, o cuidado e a brincadeira precisam sempre estar incluídas em todas as atividades propostas.

 

QUAIS SÃO OS 6 DIREITOS DA APRENDIZAGEM?

Agora que você já entendeu um pouco do conceito, vamos te apresentar quais os 6 direitos da aprendizagem, colocando exemplos de como podem ser aplicados no dia a dia e no decorrer do cronograma escolar.

  1. Conviver

“Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas”. (BNCC, p. 38)

 

Na prática: 

Assim como o nome diz, a convivência entre as crianças é fundamental. É importante propor atividades e brincadeiras onde a interação se sobressaia. Um bom exemplo, é propor jogos e tarefas, utilizando diferentes linguagens, onde se coloca as crianças em situações que elas precisam respeitar regras, e ao mesmo tempo, tendo que conviver a mesma situação com seus colegas, gerando respeito mútuo entre si. É importante criar hábitos de convivência, seja com adultos ou crianças, aprendendo a respeitar as diferenças sociais e culturais.  

 

  1. Brincar

“Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais”.  (BNCC, p. 38)

 

Na prática:

Brincar é essencial, e deve ser incluído totalmente na rotina escolar das crianças. As brincadeiras devem ser variadas, lúdicas e ao mesmo tempo educativas. Aqui pode tudo, e depende da criatividade e iniciativa do professor em criar diversas atividades onde se brinca e aprende em conjunto. Podem ser brincadeiras que envolvam experiências ou diversos tipos de materiais, conversas, ambientes variados, trabalhando a imaginação, os sentidos, as emoções e a criatividade.

 

  1. Participar 

“Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando”. (BNCC, p. 38) 

 

Na prática:

Aqui a questão principal é envolver o aluno em tudo o que for proposto, fazendo ele participar das etapas para a construção de uma atividade. O aluno pode participar em ajudar na definição da brincadeira ou da atividade, quais materiais serão usados, quais as cores, e etc. Permitir que o aluno possa participar das tomadas de decisões no dia a dia, isso ajudará a se desenvolver e criar um senso crítico e responsável.

 

  1. Explorar 

“Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia”.  (BNCC, p. 38)

 

Na prática:

Permitir que a criança explore diferentes materiais, ambientes, e os próprios sentidos é essencial. É necessário que o professor explore diferentes experiências e sensações, desenvolvendo vários aspectos cognitivos e emocionais do aluno. Propondo o uso de um material diferente, texturas, sons, cores, até a exploração de sensações, como o próprio paladar ou suas emoções, usando histórias e músicas, por exemplo.

 

  1. Expressar

“Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens”. (BNCC, p. 38)

 

Na prática:

É muito importante que a criança expresse suas emoções e sentimentos. Um exemplo prático, é propor rodas de conversa, garantindo que o aluno exerça seu direito em se expressar. Criar situações onde as crianças tenham seu próprio momento de fala, no qual elas se escutem e se expressem entre si. Também é interessante, promover votações, fazendo com que o aluno exponha sua opinião, dúvidas e sentimentos em relação aquele assunto.

 

  1. Conhecer-se 

“Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário”. (BNCC, p. 38) 

 

Na prática:

A criança precisa aprender sobre ela mesma e o mundo ao seu redor. Para isso, é necessário criar estratégias e atividades com essa finalidade. Aqui, o dever do professor é fazer com que o aluno aprenda mais sobre ele mesmo – criando situações onde ele precise pensar no que gosta ou não. Conhecer mais sobre seu próprio corpo e seus próprios sentimentos. Propor atividades para explorar gostos pessoais, descobertas, opiniões e dúvidas, ajudando na construção da identidade.

 

OS 6 DIREITOS DA APRENDIZAGEM: CONCLUINDO SOBRE SUA UTILIZAÇÃO

É dever do professor e da instituição, explorar e exercer todos esses direitos da aprendizagem. É importante ressaltar que em qualquer desses direitos, a criança interage com outras crianças e adultos, garantindo um bom nível de desenvolvimento social.

O grande desafio é colocar em prática no dia a dia esses 6 direitos, mas com estudo e planejamento é totalmente possível. Portanto, é possível perceber a imensa importância da Educação Infantil no desenvolvimento do indivíduo, é nessa fase que são criados os alicerces, auxiliando a criança em sua evolução, educação e crescimento como cidadão.

Se você gostou e entendeu um pouco melhor sobre os direitos da aprendizagem da criança, não deixe de comentar aqui embaixo e nos siga em nossas redes sociais para mais conteúdo.

Participe da Maratona BNCC – Curso 100% gratuito e online.

Compartilhe:

Deixe um comentário